quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Vidro | Críticas de Cinema - Efrem Pedroza



Direção: M. Night Shyamalan  

Elenco: James McAvoy, Bruce Willis, Samuel L. Jackson, Anya Taylor-Joy

Gênero: Suspense



Após os eventos de “Fragmentado” (2017), Kevin Crumb (James McAvoy), o homem com 24 personalidades distintas, passa a ser seguido por David Dunn (Bruce Willis), o herói de “Corpo Fechado” (2000). A batalha entre o Homem Inquebrável e a Fera é controlada por Elijah Price, o Sr. Vidro (Samuel L. Jackson), que resultará em mais segredos desvendados sobre os dois.  



Enigmático, além dos grandes astros presentes, “Vidro” é um conflito interessante inserido em sua respectiva criação de universo. A ideia de “e se pessoas normais fossem super-heróis?” gera uma grande perspectiva sobre o desenvolvimento da história com ótimos diálogos e uma conclusão tênue, que lembra o mesmo impacto de “A Vila”.

Shyamalan, com uma abordagem bem diferente da Warner/DC e Marvel Studios, conseguiu criar seu “Shyamalanverso” com muita originalidade e que, com toda certeza, irá gerar debates extremamente intrigantes sobre a trilogia para sempre. "Vidro" fecha o ciclo de forma digna e com um olhar singular sobre o mundo.



     

Nota do crítico: 4,0



O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:



0,0 = péssimo

1,0 = ruim

2,0 = regular

3,0 = bom

4,0 = ótimo

5,0 = excelente

Homem-Aranha no Aranhaverso | Críticas de Cinema - Efrem Pedroza



Direção: Bob Persichetti, Peter Ramsey, Rodney Rothman

Elenco: Jake Johnson, Shameik Moore, Hailee Steinfeld, Nicholas Cage, Kimiko Glenn, John Mulaney, Brian Tyreese, Mahershala Ali, Luna Lauren Velez, Lily Tomlin e Liev Schreiber.

Gênero: Animação



Miles Morales é garoto do Brooklyn que se tornou o Homem-Aranha inspirado em Peter Parker, já morto. Porém, ao visitar o túmulo de seu ídolo, ele é surpreendido com a presença do próprio Peter. O choque toma proporções ainda maiores quando Miles descobre que ele veio de uma outra dimensão, assim como outras versões do Homem-Aranha.  

“Homem-Aranha no Aranhaverso” apresenta um componente primordial que vem falhando em alguns filmes recentes do gênero, o humor. Além disso, a história é envolvente e complexa, passando por uma montanha russa de situações que envolvem emoção e diversão de forma muito criativa. 



Recheado com cores intensas, gráficos belíssimos que lembram as histórias em quadrinhos e boas piadas, o filme é o mais fiel de todos os longas-metragens já produzidos para o cinema, exaltando a verdadeira essência do personagem que é único justamente pelo fato de ser simples.

A animação que desbancou recentemente no Globo de Ouro 2019 “Os Incríveis 2” e “WiFi Ralph: Quebrando a Internet” parte para o Oscar 2019 como séria candidata à estatueta. Um filme que, com toda certeza, faria seus criadores (Stan Lee e Steve Ditko), falecidos ano passado, muito orgulhosos. Uma obra-prima do gênero.



     

Nota do crítico: 5,0



O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:



0,0 = péssimo

1,0 = ruim

2,0 = regular

3,0 = bom

4,0 = ótimo

5,0 = excelente

domingo, 30 de dezembro de 2018

O Retorno de Mary Poppins | Críticas de Cinema - Efrem Pedroza



Direção: Rob Marshall

Elenco: Emily Blunt, Lin-Manuel Miranda, Ben Whishaw

Gênero: Comédia Musical, Fantasia



Em uma Londres conturbada pela Grande Depressão, Mary Poppins (Emily Blunt) desce dos céus mais uma vez com seu leal amigo Jack (Lin-Manuel Miranda) para amparar Michael (Ben Whishaw) e Jane Banks (Emily Mortimer), agora adultos trabalhadores, que sofreram uma perda pessoal. As crianças Annabel (Pixie Davies), Georgie (Joel Dawson) e John (Nathanael Saleh) moram com os pais na mesma casa de 24 anos atrás e precisam da fantástica babá e o acendedor de lampiões otimista para recuperar a alegria e magia em suas vidas. 



O filme de Rob Marshall é uma carta de amor, uma belíssima homenagem ao longa-metragem da década de 1960. Encantador com sua música e coreografia deslumbrante.

Empolgante e inventivo, a nova “Mary Poppins” carrega consigo a harmonia entre elegância e sofisticação.  Doce e com uma performance deliciosa, nada deixa a desejar.

O filme termina com incontáveis cenas que fazem referência ao clássico de 1964. É praticamente impossível fazer com que os adultos não retornem à infância com mais essa obra da Disney. Simplesmente irresistível. 



     

Nota do crítico: 5,0



O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:



0,0 = péssimo

1,0 = ruim

2,0 = regular

3,0 = bom

4,0 = ótimo

5,0 = excelente

Aquaman | Críticas de Cinema - Efrem Pedroza



Direção: James Wan

Elenco: Jason Momoa, Amber Heard, Willem Dafoe, Patrick Wilson, Nicole Kidman, Dolph Lundgren, Temuera Morrison

Gênero: Ação, Aventura, Fantasia



Filho do humano Tom Curry (Temuera Morrison) com a atlante Atlanna (Nicole Kidman), Arthur Curry (Jason Momoa) cresce em meio aos hábitos e costumes humanos com os superpoderes de um atlante. Quando seu irmão Orm (Patrick Wilson) deseja se tornar o Mestre dos Oceanos, unindo os demais reinos aquáticos para atacar a superfície, Arthur encara a tarefa de impedir a guerra. Para cumprir com seu objetivo, o herói contará com o apoio de Mera (Amber Heard), princesa de um dos reinos, e Vulko (Willem Dafoe), que o treinou secretamente desde a adolescência.  



Colorido e carnavalesco como os filmes do Thor (principalmente Ragnarok) a ação e o divertido Arthur Curry dão o tom deste filme que mostra pela primeira vez no cinema o herói e a mitologia de Atlântida.

Com relação aos efeitos especiais, estes são bem satisfatórios, confrontando criaturas marinhas do mundo real com outras bem fantasiosas. A cada batalha o visual é destaque. A aventura embaixo da água apresenta combates inusitados que misturam ação com um contorno épico. 


Apesar das piadinhas cafonas e o drama familiar, “Aquaman” é um filme satisfatório para um herói que no passado foi tão subestimado, vide época das animações dos “Superamigos” dos estúdios Hanna Barbera. O próprio Jason Momoa não acreditava na possibilidade quando ligaram para o ator dizendo que o queriam para viver o super-herói submarino. Segundo relato do próprio Momoa, ele acreditava que seria o “Lobo”. Diante de tantas desconfianças, “Aquaman” é digno do trono e convence como “Rei de Atlântida”. Um último detalhe... Não saiam do cinema até a cena pós-créditos. 



     

Nota do crítico: 3,0



O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:



0,0 = péssimo

1,0 = ruim

2,0 = regular

3,0 = bom

4,0 = ótimo

5,0 = excelente

A Vida em Si | Críticas de Cinema - Efrem Pedroza


Direção: Dan Fogelman

Elenco: Oscar Isaac, Olivia Wilde, Annette Bening, Antonio Banderas

Gênero: Drama, Romance



Um casal (Oscar Isaac e Olivia Wilde) vive um relacionamento amoroso que é contado através de diferentes décadas e continentes, começando nas ruas de Nova York até Espanha, retratando como pessoas diferentes acabam se conectando através de um evento marcante. 



Com uma narrativa de várias faces, as tragédias que seguem os personagens formam um mosaico de emoções e reviravoltas para nenhum viciado em chororô colocar defeito.

“A Vida em Si” narra e ao mesmo tempo comenta os desastres cotidianos em um filme que faz jus ao nome, com episódios que são apresentados praticamente como um filme dentro de outro filme em tom amplo e sentimental.

Com um elenco que cumpre à risca um roteiro um pouco confuso, Dan Fogelman replica o que faz em “This is Us” para a telona cruzando as vidas e destinos de personagens distintos associados ao “imponderável” .

     


Nota do crítico: 3,0



O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:



0,0 = péssimo

1,0 = ruim

2,0 = regular

3,0 = bom

4,0 = ótimo

5,0 = excelente

sábado, 24 de novembro de 2018

Parque do Inferno | Críticas de Cinema - Efrem Pedroza



Direção: Gregory Plotkin

Elenco: Amy Forsyth, Reign Edwards, Bex Taylor-Klaus

Gênero: Terror



Na noite de Halloween, uma turma de amigos começa a ser perseguida por um assassino mascarado em um parque de diversões temático. O mais terrível é que toda a barbárie cometida pelo criminoso é praticada em frente ao público desinformado presente no local. Eles acreditam que tudo faz parte do "espetáculo", desprezando os pedidos de socorro dos jovens.  



“Parque do Inferno” é um filme de slasher que agrada pela violência clichê desse gênero, mas não inova em quesito algum.  Uma trama pouco complexa e protagonista razoável em uma mistura que não desperta fortes emoções.  Uma pena, já que o cinema conta com slashers memoráveis como Jason, Michael Myers e Leatherface.

Guardadas as devidas proporções, lembra atmosfera bizarra da cinessérie “Premonição”, mas não traz o mesmo frescor de ideias. É melhor encará-lo como uma paródia do que necessariamente um filme de terror. Olhando por este lado, mesmo um gênero que, por sua essência, carrega em seu DNA esse tipo de “humor”, assistir “Parque do Inferno” pode ser uma experiência menos desastrosa e mais agradável se você gosta de dar mais risadas do que sentir pavor.   

     


Nota do crítico: 2,0



O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:



0,0 = péssimo

1,0 = ruim

2,0 = regular

3,0 = bom

4,0 = ótimo

5,0 = excelente

sábado, 10 de novembro de 2018

Operação Overlord | Críticas de Cinema - Efrem Pedroza



Direção: Julius Avery   

Elenco: Jovan Adepo, Wyatt Russell, Pilou Asbæk

Gênero: Terror, Ação, Guerra    



Durante a Segunda Guerra Mundial, uma equipe de paraquedistas americanos é lançada atrás das linhas inimigas na França com a missão de derrubar Hitler. Porém, quando se aproximam do alvo, percebem que não se trata de uma simples operação militar. Algo além da compreensão dos bravos soldados está acontecendo no lugar, ocupado por nazistas.  



“Operação Overlord” traz uma verdadeira mistura de terror trash de primeiríssima qualidade, digno dos excelentes filmes “B” dos anos 80, com uma pitada de “O Resgate do Soldado Ryan”. Uma verdadeira e agradável viagem ao inferno, graças ao seu talentoso produtor, J. J. Abrams (Super 8 e Cloverfield – Monstro) e o diretor Julius Avery.  

Por mais bizarra que seja a história, com um roteiro exorbitante, o que de cara parece um suspense, logo se revela um horror refinado com o primor do gore. E o elenco, apesar de jovem, não decepciona.

Um verdadeiro passeio por diversos gêneros, uma homenagem ao terror clássico. Falar mais sobre o filme seria uma crueldade. Burlesco, extremamente perturbador e violento “Operação Overlord”, se não tiver uma sequência, daqui a alguns anos pode entrar facilmente para a galeria de filmes que conquistam o status de cult.  



     



Nota do crítico: 4,0



O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:



0,0 = péssimo

1,0 = ruim

2,0 = regular

3,0 = bom

4,0 = ótimo

5,0 = excelente