quinta-feira, 24 de março de 2016

Batman Vs Superman - A Origem da Justiça


Nota: 5,0


Final dos anos 90, início dos anos 2000. Muitos jovens dessa época viveram anos gloriosos assistindo as animações do Batman, Superman e Liga da Justiça. Heróis das animações que nos inspiravam a ser como eles. Verdadeiros em sua essência.

           Zack Snyder, diferente de “O Homem de Aço” (com uma pequena supervisão de Christopher Nolan) coloca sua assinatura neste filme com veneração e muita entrega aos lendários heróis que surgem na tela como verdadeiras representações de “deuses da mitologia grega”. 


Imagem: superheronews.com


O filme esbanja uma energia vigorosa entre efeitos visuais e trilha sonora, repleto de referências muito bem-vindas e aparições épicas. Ao contrário do que alguns (poucos insatisfeitos) falaram, afirmando o filme ser uma verdadeira “colcha de retalhos”, a visão aqui é mais vertical e refinada. Talvez falte experiência aos “críticos” ou um pouco menos de “ caráter fanboy” para compreender o quão difícil é adaptar heróis icônicos para as telas.

As homenagens aos quadrinhos estão presentes a todo instante e fluem com um roteiro repleto de reviravoltas e final soberbo. Para os fãs mais apaixonados, temos um Superman (Henry Cavil) muito próximo ao da HQ “Superman: Paz na Terra” de Alex Ross e Paul Dini, com seus conflitos e atitudes que inspiram. Na trama, Lex Luthor (Jesse Eisenberg) é extremamente insano e manipulador como na HQ “Lex Luthor: Man of Steel” de Bryan Azzarello. E nosso novo Batman (Ben Afleck) surge com muito mais vigor físico, porém com a mesma e clássica armadura robusta do “Cavaleiro das Trevas” de Frank Miller.


Imagem: newmediarockstars.com

Ao contrário do que muitos pensavam, o filme tem o equilíbrio exato. Não é um filme do Batman, muito menos do Superman. A Warner, DC e Zack Snyder acertaram em cheio ao escolher como subtítulo “A Origem da Justiça”, pois todos os elementos não só dão indícios, mas constroem com muita competência aquilo que será em breve uma "Liga".

Antes de concluir, alguns pontos devem ser destacados para que sejam apreciados durante o filme.

Jeremy Irons como Alfred Pennyworth, pode parecer sutil em sua atuação, mas é essa sutileza que dá um tempero especial aos diálogos entre ele e Ben Affleck (tanto na pele do milionário Bruce Wayne, como vestindo o manto do Batman). Por falar em Ben Affleck, todos que reclamaram de sua escolha para viver o homem morcego, foram desaparecendo a cada trailer de BvS...  Acho que com a estreia do filme, esse pessoal precipitado será desintegrado de vez.

O Apocalypse em computação gráfica que muitos também reclamaram, comparando-o com uma “tartaruga ninja”, é um monstro que “evolui” de forma bestial e extremamente ameaçadora (Batman sentiu na pele). Sim, ele causa terror. Pena que não tenha sido aproveitado em um filme solo do Superman.

Mais um detalhe.... Arrisco dizer que Henry Cavil é definitivamente o Superman. Finalmente Reeve tem um sucessor à altura.

Por último e não menos importante, a subestimada Gal Gadot como Mulher Maravilha é de encher os olhos. Só faltou gritar “Hera, me dê forças! ” ao lutar. Gal empunha espada e escudo com potência. Luta como uma verdadeira amazona e o melhor... quando surge para enfrentar a maior ameaça, a trilha sonora de Hans Zimmer invade o campo de batalha de forma vibrante... É de arrepiar!


Imagem: screenrant.com


Gostaria muito de citar mais uma HQ do Superman aqui, mas entregaria o “final” do filme. Só digo uma coisa. A verdadeira granDe ameaça eStá por vir.

Zack Snyder, apesar de muitos torcerem o nariz por diversos motivos, mostra que sua parceria com a Warner/DC se consolidou de vez. O universo DC chegou às telas do cinema e com uma identidade própria, muito semelhante a dos quadrinhos. Superman, ao contemplar Lois Lane com seu olhar de protetor, Batman com a angústia em fazer justiça por aqueles que sempre amou e Mulher Maravilha ofuscando todos ao completar de maneira magnífica a “Trindade” simplesmente encantam.

Nossos super-heróis da DC Comics finalmente retornaram. E como comecei falando do sonho adolescente entre os anos 90 e 2000, termino falando de um sonho de infância. Quando criança, queria muito ser o Superman de Christopher Reeve, ou o Batman de Michael Keaton. Aposto que depois de “Batman Vs Superman: A Origem da Justiça” não só crianças e adolescentes sonharão ser esses heróis, mas fãs mais velhos e apaixonados serão resgatados e conduzidos novamente a mais uma jornada fantástica nessa nova empreitada da DC invadindo o “multiverso” cinematográfico. Chega de “crises infinitas” no cinema. Que venham mais filmes e que nossos novos “superamigos” formem logo a tão esperada Liga da Justiça.

Apenas uma observação. Não há cena pós-créditos. O suprassumo do filme está diluído de maneira perfeita nele. 


O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:

0,0 = péssimo
1,0 = ruim
2,0 = regular
3,0 = bom
4,0 = ótimo
5,0 = excelente

6 comentários:

  1. Concordo muito com você, esse filme é sensacional! Arrasou!

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    1. Obrigado pelo comentário. Toda semana publico minha crítica aqui das principais estreias da semana. Um grande abraço!

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  2. O critério de notas vem sempre ao final da crítica, Leo. Dê uma conferida. Abraços!

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  3. O filme é bom, tá longe de ser perfeito na minha opinião, acredito que em alguns aspectos poderiam ter sido mais elaborados, destaque mesmo foi p/ ator que fez o Lex Luthor ficou bem legal...

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  4. Henry Cavill é um ótimo ator, é muito talentoso e bonito, não há filme que não me surpreenda. O elenco deste filme é ótimo, eu amo os filmes de açao onde Henry Cavill aparece, o ultimo que eu vi foi Liga de Justiça, adorei! De todos os filmes que estrearam, este foi o meu preferido, eu recomendo, é uma historia boa que nos mantêm presos no sofá. É espetacular. Pessoalmente eu acho que é um filme que nos prende, tenho certeza que vai gostar, é uma boa história. Definitivamente recomendado.

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