quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Fora do Rumo | Críticas de Cinema: Efrem Pedroza


Direção: Renny Harlin

Elenco: Jackie Chan, Johnny Knoxville, Bingbing Fan, Winston Chao

Gênero: Ação, Comédia




De fato, assistir a mais um filme de Jackie Chan não nos surpreende com relação ao grau de complexidade da trama e demais coisas. Independente disso, Chan não para de fazer filmes de ação no auge de seus 62 anos. 



          Um dos maiores ícones do cinema de pancadaria, já até atuou (mesmo que por poucos segundos) ao lado de Bruce Lee. Tudo isso levou a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos a homenageá-lo em novembro com um Oscar honorário em reconhecimento à carreira desse grande astro. 
          Em "Fora do Rumo", Bennie Chan (Jackie Chan) é um policial perturbado pela morte do amigo que deixa uma filha. A garota fica sob os cuidados de Chan que jura buscar justiça e se vingar do parceiro assassinado por um sujeito conhecido como "Matador". 



          Um filme que lembra muito as trapalhadas do próprio Jackie Chan com Chris Tucker na trilogia "A Hora do Rush" e que de novidade não apresenta praticamente nada, já que os mesmos elementos de filmes anteriores do astro chinês. estão presentes também neste longa-metragem. 



          A única coisa que realmente nos faz assistir aos filmes de Jackie Chan é o inexplicável carisma que esse ator possui. Você sabe o que vem pela frente, mas assiste porque é o Jackie Chan.



          Vida longa ao astro que consegue se manter em bom nível, aprontando em seus filmes com um estilo próprio, conhecido e que será reconhecido com uma bela estatueta. Definitivamente, o que é bom tem de ser aclamado.


Nota: 3,0

O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:

0,0 = péssimo
1,0 = ruim
2,0 = regular
3,0 = bom
4,0 = ótimo
5,0 = excelente


quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Ouija - Origem do Mal | Críticas de Cinema: Efrem Pedroza


Direção: Mike Flanagan

Elenco: Annalise Basso, Elizabeth Reaser, Lulu Wilson

Gênero: Terror




Inspirado no jogo de tabuleiro que permite a comunicação com espíritos, “Ouija – Origem do Mal” é a continuação de “Ouija – O Jogo dos Espíritos” de 2014 que arrecadou mais de 100 milhões de dólares no mundo inteiro.




           Aqui no Brasil, esse "jogo" é conhecido popularmente como “Brincadeira do Copo” e povoa o imaginário de todos aqueles que adoram se entreter com o sobrenatural de forma incontrolável, surpreendente e amedrontadora. 
Mike Flanagan (O Sono da Morte) dirige e Michael Bay produz o longa que conta a história de uma viúva que aplica golpes em seus clientes, dizendo conseguir se comunicar com forças do além. Quando ela, um dia, resolve usar o tabuleiro de Ouija para se comunicar com o falecido marido, acaba libertando espíritos do mal que tomam o corpo de uma das filhas, ameaçando todos na casa. 


E parece que ultimamente os diretores de Hollywood começaram a aprender um pouco com James Wan, como se divertir em um set de filmagens e divertir o público, entregando suspense, sustos e até mesmo uma dose de alegria para um gênero pouco apreciado pela crítica especializada.


Independente de alguns considerarem a "fórmula batida" (discordo amigavelmente), o terror clássico que envolve crianças, espíritos e uma casa assustadora é e sempre será bem-vindo, mesmo com uma trama pouco complexa.  


       Com bons sustos, “Ouija – Origem do Mal” é a escolha acertada de um gênero que parece, aos poucos, retomar seu lugar de destaque e merecido reconhecimento. Não chega a ser um “Invocação do Mal”, mas apresenta uma leve influência dos cativantes filmes de terror de James Wan. 



Nota: 3,0

O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:

0,0 = péssimo
1,0 = ruim
2,0 = regular
3,0 = bom
4,0 = ótimo
5,0 = excelente

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Kubo e as Cordas Mágicas | Críticas de Cinema: Efrem Pedroza


Direção: Travis Knight

Elenco: Charlize Theron, Art Parkinson, Ralph Fiennes

Gênero: Animação




Sempre apreciei a cultura oriental e tudo o que provém dela. Uma das coisas que mais admiro são os samurais. Disciplinados e seguidores implacáveis do bushido, o código samurai, esses guerreiros simplesmente encantam pela honra e destreza com a espada. 



          Em ."Kubo e as Cordas Mágicas", um garoto (Kubo) que vive com sua mãe pacificamente em um vilarejo japonês se depara com um espírito opressor que começa a persegui-lo, enviando monstros e divindades que não o deixam em paz. Kubo só tem uma forma de vencer o espírito do mal e seus comparsas... Encontrando a armadura mágica de seu pai, um antigo guerreiro samurai. 
           A produtora (Laika) vai na contramão do que as demais exploram em suas animações. Opta pelo clima mais sombrio e complexo de forma a, quase sempre, nunca atingir um sucesso arrebatador de bilheteria em suas obras cinematográficas.



          Mesmo com escolhas audaciosas, a Laika já provou sua competência com "Coraline" (2009) que transmite uma mensagem de forma inocente, simples, porém sombria, apostando na capacidade das crianças em absorver o conteúdo de forma inteligente.



          Falei que "Coraline" tem um clima sombrio, não foi? Mas "Kubo e as Cordas Mágicas" consegue ser ainda mais sombrio em sua mitologia marcada pelo visual, trilha sonora, reviravoltas e criatividade que conduzem Kubo em sua jornada fantástica. 



           Adultos e crianças definitivamente vão embarcar nessa aventura que desafia nosso herói, Kubo, a enfrentar diversos obstáculos, tornando seu trajeto edificante e inspirador. Um verdadeiro deleite em todos os sentidos. Beleza em forma de conto... conto em forma de animação. Espada e magia... Uma excelente história para ser vista sempre!  



Nota: 5,0

O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:

0,0 = péssimo
1,0 = ruim
2,0 = regular
3,0 = bom
4,0 = ótimo
5,0 = excelente

sábado, 8 de outubro de 2016

12 Horas para Sobreviver - O Ano da Eleição | Críticas de Cinema: Efrem Pedroza


Direção: James de Monaco

Elenco: Frank Grillo, Elizabeth Mitchell

Gênero: Suspense, Terror




Raramente vemos uma cinessérie dar tão certo como a franquia "Uma Noite de Crime". Aqui no Brasil, os dois primeiros filmes foram intitulados como "Uma Noite de Crime" (The Purge, 2013) e "Uma Noite de Crime: Anarquia" (The Purge: Anarchy, 2014). Já este terceiro filme da série recebe o título de "12 Horas para Sobreviver - O Ano da Eleição" (The Purge: Election Year, 2016).



        Apesar da decisão polêmica da Universal Pictures sobre a mudança (desnecessária) do título nacional do terceiro filme da franquia, uma coisa é fato... A série de filmes sobre o "expurgo" virou uma máquina de fazer dinheiro.
         O primeiro filme bateu a casa dos US$ 91 milhões no mundo inteiro. O segundo filme atingiu US$ 108 milhões e juntos tiveram o custo de US$ 12 milhões para serem produzidos. Um verdadeiro fenômeno. 



        Talvez, um dos principais motivos da franquia se manter em alta seja a manutenção do roteirista e diretor (dos dois primeiros filmes), James DeMonaco, que ainda conta com o retorno do policial Barnes (Frank Grillo), protagonista do segundo filme, em mais uma noite de crime, dessa vez, tentando salvar a vida da senadora Charlene Roan (Elizabeth Mitchell). 



        Em época de eleições (olha só que coincidência, aqui no Brasil também), a senadora, inimiga declarada dos criminosos, lidera as pesquisas rumo à vitória e vira o principal alvo daqueles que não querem vê-la triunfar. 



         Repleto de cenas e sequências de ação muito bem elaboradas e um discurso político e social mais complexo, deixando um pouco de lado, mas nem tanto, a insanidade de seus dois filmes antecessores, "12 Horas para Sobreviver - O Ano da Eleição" valoriza mais a trama e seus personagens que de certa forma lembram o atual momento de embate político nos EUA envolvendo a corrida presidencial. De fato, a franquia cresceu em todos os sentidos. Resta saber agora se este será o "último" capítulo da série de filmes ou não. É ver para crer. Mas algo me diz que enquanto tivermos criminosos de todas as categorias no mundo e lobos disfarçados de ovelhas, "o expurgo" estará garantido nos cinemas. 




Nota: 4,0

O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:

0,0 = péssimo
1,0 = ruim
2,0 = regular
3,0 = bom
4,0 = ótimo
5,0 = excelente

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Assassino a Preço Fixo 2 - A Ressurreição



Direção: Denis Gansel

Elenco: Jason Statham, Jessica Alba, Tommy Lee Jones

Gênero: Ação




Ele está de volta. Arthur Bishop, o matador profissional bem que tentou deixar seu passado obscuro para trás, mas se vê obrigado a retornar ao "trabalho" tendo que realizar três assassinatos engenhosos que só ele é capaz de executar. 



         O motivo pelo qual Bishop se vê forçado a resgatar o passado e voltar ao batente é o amor de sua vida, protagonizado pela sempre exuberante Jessica Alba.
          O segundo longa-metragem dessa série parece pegar tudo de uma vez e bater no liquidificador. Um pouco de "007", um pouco de "Missão Impossível" e uma pitada de "Profissão Perigo" dão o tom deste filme. 




          Jason Statham está em todas (como sempre). Cara de durão, habilidoso lutando e usando armas. Praticamente um novo Chuck Norris dos tempos modernos. 



           Tão implacável quanto seus oponentes, Bishop é um furacão imparável em sua "busca implacável" para salvar a imitação de "Bond Girl" interpretada por Jessica Alba. 




          O roteiro é previsível, o filme promete "tiro, porrada e bomba" e entrega tudo isso. Sabemos que é mais do mesmo, afinal é o típico gênero que se consagrou entre os anos 80 e 90 com atores como Stallone, Norris, Van Damme, entre outros... Se está batido? Não sei. Mas que ainda assim mexe com a adrenalina de muito marmanjo, isso mexe. E se ainda funciona, é porque é competente com relação ao que sustenta, que é entreter. Não gostou? Então vá tirar satisfação com Jason Statham... 

Nota: 2,0

O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:

0,0 = péssimo
1,0 = ruim
2,0 = regular
3,0 = bom
4,0 = ótimo
5,0 = excelente

É Fada


Direção: Cris D'Amato

Elenco: Kéfera Buchmann, Klara Castanho

Gênero: Comédia




Enfim, a Youtuber Kéfera Buchmann estreou no cinema para delírio dos fãs. O filme, inspirado no livro "Uma Fada Veio me Visitar", escrito por Thalita Rebouças é dirigido por Cris D'Amato do sofrível "S.O.S Mulheres ao Mar".




          O longa conta a história de uma fada (Kéfera Buchmann) que é encarregada de ajudar a menina Júlia (Klara Castanho) a acreditar no mundo da magia e seus feitos.
          Com diálogos "engraçadinhos" e uma dose cavalar de "simpatia", a fada conquista a confiança da menina que a ajudará a cumprir sua missão a fim de conquistar uma promoção entre as fadas. 




          Uma coisa é vital de se destacar... É sempre importante reconhecermos e valorizarmos o cinema nacional. Casos como o excelente "As Melhores Coisas do Mundo" tem muito mais peso do que o insuficiente "É Fada".




          E sobre a Kéfera, nada contra. Até que ela se esforça. O roteiro, infelizmente prejudica a história que mesmo sendo pensada para um público adolescente, não pode ser tão rasa assim. 




           Um filme feito para fãs da Youtuber e que só vai ser lembrado por isso, ou talvez não seja lembrado justamente por isso.


Nota: 1,0

O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:

0,0 = péssimo
1,0 = ruim
2,0 = regular
3,0 = bom
4,0 = ótimo
5,0 = excelente

Festa da Salsicha


Direção: Conrad Vernon e Greg Tiernan

Elenco: Seth Rogen, Paul Rudd, James Franco

Gênero: Animação, Comédia




Felizes e ingênuos, os alimentos de um supermercado vivem a sonhar quando serão levados dali para a casa de seus consumi... compradores. Bem, é isso mesmo. Os pobres alimentos não sabem que ao saírem do mercado, serão "assassinados" por seres humanos que desejam apenas comê-los. 



         Uma salsicha bem esperta descobre tudo e resolve montar uma força tarefa com outros alimentos, a fim de retornarem ao mercado e proteger seus amigos de um fim lamentável.
          Toda a história contada dessa forma parece ser recomendável  para crianças, não é? Engano seu. Com censura 16 anos, essa é uma animação para jovens e adultos (menos crianças). Não pense que levando seu filho ou filha de 8 anos ao cinema para assistir "Festa da Salsicha" teremos algo similar com o que a Pixar faz em suas animações. O que você vai ver é um humor escrachado, a começar pela "união" do pão de hot-dog com a salsicha e que tem uma conotação sexual absurda (rs). 



           Apesar de o elenco original contar com os excelentes Seth Rogen, Paul Rudd e James Franco, aqui no Brasil, .a dublagem ficou por conta de uma parceria com o elenco inteiro (todas as vozes) do "Porta dos Fundos" que mandam bem e estão acompanhados de ninguém menos que Guilherme Briggs, fazendo a voz da salsicha Frank. 




         Repleto de palavrões e situações completamente alucinantes para uma animação, depois de assistir "Festa da Salsicha" dificilmente não lembraremos, ao ir para um supermercado, de todas as peripécias presentes neste filme.




           E só como lembrete, mais uma vez... Esse filme não é um filme para crianças. E que bom que não seja, afinal esse parece ser um tiro quase certeiro, inovando e desconstruindo a identidade das animações que geralmente tem como público alvo a molecada. Para finalizar, um último detalhe... Nunca mais você conseguirá ver com "ingenuidade" a união de uma salsicha e um pão de hot-dog como antes... Nunca mais. 

Nota: 4,0

O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:

0,0 = péssimo
1,0 = ruim
2,0 = regular
3,0 = bom
4,0 = ótimo
5,0 = excelente