domingo, 30 de setembro de 2018

10 Segundos para Vencer | Críticas de Cinema - Efrem Pedroza



Direção: José Alvarenga Jr.    

Elenco: Daniel de Oliveira, Osmar Prado, Ricardo Gelli  

Gênero: Drama, Biografia   



"Galinho de Ouro" como era conhecido popularmente, por ser considerado o maior peso galo da história do boxe, Eder Jofre lutou, antes de tudo, na vida. Desde a dura infância no bairro do Peruche, em São Paulo, Eder venceu muitas lutas antes de se sagrar campeão mundial em 1961, nos Estados Unidos.  



O filme "10 Segundos para Vencer" conta a vida do maior peso galo de todos os tempos com muita cortesia, sensibilidade e graça.

O relacionamento entre pai e filho é o centro das atenções. Contundente e com atuação memorável, Daniel de Oliveira está incrível. Os conflitos pessoais e emocionais dão o tom e são o combustível que alimenta a brilhante carreira do grande bicampeão.  

As cenas de lutas são extremamente de bom gosto, explorando ângulos com muita inteligência e agilidade, transmitindo a real sensação de viver o clima do público que assistia aos combates do imparável lutador brasileiro.

 Pode parecer exagero, mas “Rocky” (1976) foi vencedor do Oscar em três categorias no ano de 1977. Pelo visto, o Brasil, que sempre revelou campeões incríveis na nobre arte, agora tem seu representante, da vida real, no cinema e com muita competência. Nosso “Rocky Balboa” se chama “Éder Jofre – O Galinho de Ouro”. 



Nota do crítico: 5,0



O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:



0,0 = péssimo

1,0 = ruim

2,0 = regular

3,0 = bom

4,0 = ótimo

5,0 = excelente

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Buscando... | Críticas de Cinema - Efrem Pedroza



Direção: Aneesh Chaganty   


Gênero: Suspense, Drama   



Após o desaparecimento de uma garota de 16 anos, David Kim (John Cho), o pai da menina, pede ajuda às autoridades locais, mas não obtém êxito. Passadas 37 horas, David decide invadir o computador de sua filha para encontrar pistas que possam leva-lo ao seu paradeiro. 



Com pistas sutis que se encaixam aos poucos, mas de forma muito sutil e inteligente, “Buscando...” inova ao contar uma história daquilo que é compartilhado, mas principalmente do que não é compartilhado.

Um roteiro construído através de telas e mais telas (algo diferente, porém cansativo) e uma performance de destaque do ator John Cho, que revela um suspense e drama psicológico muito interessantes.

"Buscando..." não se apoia apenas na “tecnologia” para emplacar a trama de forma contundente. David (John Cho) passa praticamente o tempo todo em frente ao computador e isso, de certa forma, reflete um pouco da nossa realidade quando nos referimos a tantos perfis em redes sociais e uma vida virtual infindavelmente repleta de aparências.

  






Nota do crítico: 3,0



O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:



0,0 = péssimo

1,0 = ruim

2,0 = regular

3,0 = bom

4,0 = ótimo

5,0 = excelente

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

O Predador | Críticas de Cinema - Efrem Pedroza




Direção: Shane Black  





Um garoto ativa o retorno ao planeta Terra dos predadores que estão muito mais fortes e inteligentes do que antes. Um professor de ciências e ex-soldados unem forças para combater essa ameaça para proteger o futuro da raça humana. 



Antes do lançamento do primeiro filme da franquia em 1987 ninguém poderia imaginar que um filme tão violento e protagonizado pelo ex-astro do fisiculturismo, Arnold Schwarzenegger, pudesse fazer tanto sucesso tendo até games e quadrinhos lançados logo em seguida. Ainda sobre o elenco do primeiro filme, um jovem ator, não tão famoso como Arnold e muito apagado na trama se tornaria um dos diretores de filmes de ação mais famosos, principalmente pela franquia “Máquina Mortífera” - Seu nome ... Shane Black.

E é justamente o fato de Shane Black retornar, agora como diretor, que garante finalmente um filme digno dos anos dourados com a pegada pulp, gore e cheia de testosterona. Um resgate do título com a essência blockbuster dos anos 80. A única coisa que deixa a desejar são alguns momentos de carência em textura das criaturas em computação gráfica que parecem “animados” demais. Com o passar do filme, acabamos nos “acostumando”. Nos anos 80 os efeitos especiais práticos sempre funcionaram e se tivessem retomado isso, com certeza teria sido a cereja do bolo.

"O Predador" tem praticamente todos os elementos que o fizeram se tornar um sucesso do gênero. O retorno que muitos esperavam, feito em grande estilo e por um diretor que sabe muito bem o que é enfrentar um alienígena assassino cara a cara.

  






Nota do crítico: 4,0



O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:



0,0 = péssimo

1,0 = ruim

2,0 = regular

3,0 = bom

4,0 = ótimo

5,0 = excelente

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

A Freira | Críticas de Cinema - Efrem Pedroza



Direção: Corin Hardy


Gênero: Terror



Aprisionada em um convento na Romênia, uma freira comete suicídio. Um padre amargurado e uma noviça prestes a se tornar freira são encarregados de investigar o caso. Colocando a fé e suas vidas em risco ambos acabam descobrindo um segredo obscuro que os levará a confrontar as forças do mal representadas por uma freira demoníaca que todo o entorno do convento em um verdadeiro inferno. 



Se considerarmos todo o universo de “Invocação do Mal” até aqui, o filme “A Freira” é o que conta com a história mais simples de todas, mas não menos assustadora. Em “Invocação do Mal 2” o demônio “Valak” mobilizou milhares de pessoas no cinema a ponto de quererem saber mais sobre a entidade que travou uma batalha interessante com Lorraine Warren.

Dirigido por Corin Hardy, algumas das viagens da câmera pelo convento lembram, e muito, o estilo empregado por James Wan. O que garante maior imersão e uma sensação de medo e angústia contínuos, afinal a freira está sempre “presente”.

O que, por ora, podemos afirmar é que a franquia “Invocação do Mal” e seus derivados, dialogam em épocas diferentes, mas com muita fluidez. São complementares de forma distinta, porém natural. São assustadores e “A Freira” é com toda certeza mais um capítulo dessa saga que foge aos tradicionais filmes “jump scare” e eleva o nível do gênero.  Apenas um último aviso... Tome cuidado, a freira está sempre à espreita.  

  





Nota do crítico: 4,0



O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:



0,0 = péssimo

1,0 = ruim

2,0 = regular

3,0 = bom

4,0 = ótimo

5,0 = excelente

domingo, 2 de setembro de 2018

Yonlu | Críticas de Cinema - Efrem Pedroza



Direção: Hique Montanari


Gênero: Drama

Nacionalidade: Brasil



Um jovem poeta, dominante de quatro idiomas, desenhista e músico, Vinícius Gageiro (Thalles Cabral), é mais conhecido como Yonlu. Mesmo tendo muito talento, decide por um ponto final em sua vida ao entrar em uma comunidade virtual de assistência para potenciais suicidas



Em “Yonlu” apesar de logo de cara nos depararmos com uma tragédia juvenil anunciada, o filme é tenso e todo o desconsolo, agonia e tristeza são sentidos graças ao protagonista que encara o desafio com extrema entrega. A desespero e amargura do personagem é potencializado com o “apoio” da internet, que por vezes destrói vidas. 
Exceção a todo o trabalho muito bem feito, talvez seja a forma professoral como é tratada a narrativa, nos momentos em que surge o terapeuta... Desnecessário. 
O grande trunfo nesse filme é o fato de tratar um tema tão complexo de forma não romantizada, pois a mente perturbada do adolescente perpassa por imagens de um cenário mais lúdico com músicas e desenhos dele próprio que garantem não somente a imersão de quem assiste, mas o sentimento de tormento em meio a tantos fragmentos de uma vida tão jovem e despedaçada.

  



Nota do crítico: 4,0



O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:



0,0 = péssimo

1,0 = ruim

2,0 = regular

3,0 = bom

4,0 = ótimo

5,0 = excelente