quarta-feira, 27 de abril de 2016

Capitão América: Guerra Civil


Nota: 5,0


              A espera acabou. O filme que prometia um mergulho muito mais ousado e abrangente no universo Marvel fez jus ao legado cinematográfico que seus heróis estão construindo e mais, promete uma nova era de adaptações de seus quadrinhos que com toda certeza deixará fãs de todas as gerações extremamente satisfeitos. 

             Por falar em adaptação, é bom avisar que aqui os eventos ocorrem com intensidade parecida com a dos quadrinhos, mas com ações, reações e resultados diferentes. Aos céticos de plantão que criticavam a quantidade de heróis presentes para que fosse realmente estabelecida uma "guerra", o clima e expectativa que move o embate entre heróis preenche essa lacuna graças ao roteiro habilidoso de Christopher Markus e Stephen McFeely baseados na HQ de Mark Millar e Steve McNiven.  



Fonte: seriesemcena.com.br


             Na  história, os eventos giram em torno das responsabilidades e deveres dos heróis mediante as destruições causadas pelos embates entre o bem e o mal. O que é preciso para que isso seja resolvido sem fatalidades? Mesmo com todo o esforço de nossos heróis, baixas são inevitáveis. E o Soldado Invernal (Sebastian Stan) é o estopim que definitivamente dará início à cisão do grupo. 


            Sobre cada herói no filme, Capitão América (Chris Evans) e Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) estão conflitantes de forma inteligente e menos engraçada que em "Os Vingadores" e "Vingadores: Era de Ultron". Aliás, as cenas de luta do bandeiroso são sensacionais como sempre! Máquina de Combate (Don Cheadle), Falcão (Anthony Mackie), Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) e Viúva Negra (Scarlett Johansson) cumprem com competência seus papéis de fiéis escudeiros de cada lado. Visão (Paul Bettany) e Wanda (Elizabeth Olsen) tem seu relacionamento estreitado de forma muito natural e eficaz. Mas os destaques vão mesmo para Pantera Negra (Chadwick Boseman), Homem-Formiga (Paul Rudd) e Homem-Aranha (Tom Holland). O primeiro tem uma história construída de forma sintética, mas muito bem sustentada, o segundo mantém o tom de seu filme solo, principalmente nas cenas de ação (a batalha entre os dois times no aeroporto é espetacular). Por último e não menos importante, o jovem Homem-Aranha, que com todo respeito aos seus antecessores, já é definitivamente o melhor de todos. 


Fonte: wall.alphacoders.com


A talentosa direção dos irmãos Russo não deixa a desejar e entrega um filme que é apenas o início de algo melhor e tão soberbo quanto (aprenda, Shane Black). 

           Capitão América: Guerra Civil não é o melhor filme da Disney/Marvel como muitos estão dizendo por aí, mas com certeza é um dos melhores. Não é melhor que Capitão América: Soldado Invernal, mas se iguala. Não é o melhor filme da história dos filmes de super heróis, mas entra para este grupo seleto como um dos melhores também.  

Em suma, o que veremos na tela do cinema é um verdadeiro deleite para todos os públicos. Do nerd ao entusiasta que torce para o "time Homem de Ferro", porque gosta do carismático Robert Downey Jr, mas ainda não leu a HQ.  


Fonte: www.hdwallpapers.in


           A saga cinematográfica do Capitão América, ao contrário da saga de seu "oponente", o Homem de Ferro, vem em uma crescente fantástica e situando o universo Marvel de forma extremamente eficiente. Resta agora esperar ansiosamente para que as próximas produções continuem no mesmo nível. Afinal, Marvel, continuamos confiando em você. E Chris Evans, por favor, não nos deixe. Assim que a Disney/Marvel colocar o contrato de renovação sobre a mesa, assine sem hesitar. Nós agradecemos! 




Uma última observação... Se é filme da Marvel, tem cenas pós-créditos. Portanto, tenha sempre isso em mente. É quase uma tradição. Espere e mais uma vez vai gostar. 


O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:

0,0 = péssimo
1,0 = ruim
2,0 = regular
3,0 = bom
4,0 = ótimo
5,0 = excelente



quinta-feira, 21 de abril de 2016

O Caçador e a Rainha do Gelo


Nota: 3,0


          Melhor que o primeiro filme (Branca de Neve e o Caçador, 2012)O Caçador e a Rainha de Gelo conta dessa vez com um elenco mais recheado, sem a presença da morosa Kristen Stewart e com uma verdadeira constelação de mulheres poderosas que são mais uma vez ofuscadas pela presença curta, mas sempre marcante de Charlize Theron. 



Imagem: socialspirit.com.br


          Nessa nova trama Ravenna (Charlize Theron) comanda seu reino com legitimidade, quando sua nobre irmã Freya (Emily Blunt) dá a luz a uma menina, cujo futuro reserva nada mais, nada menos que o fim dos dias da rainha na posição de mais bela. "Furiosa", Ravenna mata a criança, tornando sua irmã deprimida e gélida. Anos se passam e ao tomar conhecimento da morte de Ravenna, Freya parte em busca do espelho mágico da finada rainha . Em meio a isso, Ravenna revive e imersa nessa jornada, a Rainha do Gelo irá se deparar com os guerreiros caçadores que enfrentam o mal, Erik (Chris Hemsworth) e Sara (Jessica Chastain).



Imagem: on.ig.com.br


          Fica claro que  Sara (Jessica Chastain) é muito mais badass que a Branca de Neve de Kristen Stewart.  Erik (Chris Hemsworth) não impressiona e repete o mesmo desempenho do primeiro filme... Um "Thor" (menos classudo) e sem seus poderes divinos. 



Imagem: www.hugogloss.com


        Visualmente belo, porém apenas mais um filme que nos conduz ao passado dos velhos clássicos inspirados em contos de fadas,  O Caçador e a Rainha de Gelo mistura prelúdio e continuação de um longa que cumpre com seu papel comercial de aproveitar o sucesso do primeiro para lucrar um pouco mais.





          Dirigido pelo estreante Cedric Nicolas-Troyan, com um roteiro melhor lapidado e uma história em que Branca de Neve sai de cena e dá lugar à "princesa Elsa de Frozen",  O Caçador e a Rainha de Gelo não impressiona, mas satisfaz e entretém aos apreciadores do gênero com competência. 



O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:

0,0 = péssimo
1,0 = ruim
2,0 = regular
3,0 = bom
4,0 = ótimo
5,0 = excelente

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Horror no Cinema Nacional | Documentário



    Depoimento do crítico de cinema Efrem Pedroza sobre o cenário do cinema de horror no Brasil no documentário "Horror no Cinema Nacional". 



quinta-feira, 14 de abril de 2016

Mogli - O Menino Lobo


Nota: 5,0


     Mogli - O Menino Lobo (The Jungle Book - 1894) é uma obra do autor inglês, Rudyard Kipling que foi adaptada pela Walt Disney Pictures em 1967. Muitos anos depois e aproveitando o sucesso da primeira animação, Mogli - O Menino Lobo 2 (2002), que pouco se inspira no segundo livro de Rudyard Kipling (The Jungle Book - 1895) foi lançado, mas não conquistou o mesmo sucesso de seu antecessor. "The Jungle Book" teve duas adaptações live-action: "Mogli - O Menino Lobo" (1942) e "O Livro da Selva" (1994). Agora em 2016, temos mais um remake ao estilo live-action que invade as salas de cinema do mundo inteiro... e pasmem... Irá encantar de novo! 



Imagem: www.cinecompipoca.com.br

       A história já é bem conhecida. Mogli (Neel Sethi) é um garoto criado por lobos da floresta. Ao crescer é visto como uma ameaça pelo tigre Shere Kahn (Idris Elba). Devido ao iminente temor instaurado por Shere Kahn, seus amigos animais resolvem ajudá-lo a reencontrar seu espaço entre a civilização. Mogli conta com a ajuda da pantera negra Baguera (Ben Kingsley) e do urso Baloo (Bill Murray) para dar início a sua longa e eletrizante jornada. 



Imagem: photoshdwallpapers.com

         Uma das coisas mais impressionantes do filme é toda a tecnologia CGI que dá vida aos animais, humanizando-os e não os ridicularizando como vemos normalmente em filmes do gênero e que são construídos de forma extremamente amadora. Por trás da computação gráfica vem o que considero "a cereja do bolo" desta nova adaptação... os atores que assumem as respectivas peles dos animais de forma espirituosa. Shere Kahn (Idris Elba) é tão intimidante e sinistro quanto "Scar" de "O Rei Leão". Baguera (Ben Kingsley) e Baloo (Bill Murray) são os amigos que todos desejamos ter... verdadeiros e inseparáveis. Christopher Walken (Rei Louie) resgata a aura do personagem em suas origens. Scarlett Johansson como a serpente Kaa é hipnotizante (quem assistiu "Ela", sabe do que estou falando).  Por fim, Akela (Giancarlo Esposito) e Lupita Nyong'o (Raksha), o casal de lobos pais de Mogli (a grata surpresa, Neel Sethi), dão o toque final e especial ao longa-metragem. No Brasil, a dublagem ficou por conta dos atores Marcos Palmeira, Thiago Lacerda, Dan Stulbach e Alline Morais.



Imagem: www.youtube.com
     
       Belo (para não dizer fofo), porém sombrio. Muito mais próximo ao livro que a animação neste sentido, "Mogli - O Menino Lobo" foi considerado na Índia como "assustador demais" para as crianças, por conta dos animais em computação gráfica que realmente estão mais majestosos e GIGANTESCOS do que suas versões animadas.





           Independente disso, crianças, pais e toda a família poderão conferir a "nova" aventura do menino lobo nos cinemas a fim de recobrar o sentimento nostálgico das histórias descomplicadas que encantaram crianças do passado e mais uma vez tem tudo para repetir a dose nesta nova etapa. Ainda bem que o diretor Jon Favreau teve o bom senso de abordar o simples de forma simples. Para ser bem sincero, ainda bem que é o Jon Favreau e não o Shane Black.



O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:

0,0 = péssimo
1,0 = ruim
2,0 = regular
3,0 = bom
4,0 = ótimo
5,0 = excelente



quinta-feira, 7 de abril de 2016

Rua Cloverfield, 10


Nota: 4,0


       Desde 2008, quando "Cloverfield - Monstro" apareceu nas telas dos cinemas e dividiu opiniões, muitos esperaram por uma "sequência" do tão aclamado filme de J.J Abrams. A espera terminou, e o que vemos aqui é bem diferente do primeiro filme moldado em um estilo Found Footage (câmera na mão) que inaugurou um novo estilo/gênero no cenário mundial do cinema a partir de "A Bruxa de Blair" (1999). 



Imagem: blog.contv.com


        Em "Rua Cloverfield, 10", temos Michelle (Mary Elizabeth Winstead, a Ramona de "Scott Pilgrim Contra o Mundo"), que logo após deixar seu noivo envolve-se em um acidente de carro. Ao acordar, se depara com Howard (John Goodman, com uma performance de causar arrepio) e Emmett (John Gallagher Jr.), dividindo o espaço em um banker. A pergunta que move o filme é: Michelle foi salva de um evento apocalíptico, segundo Howard e Emmett contam a ela, ou existe algum outro motivo que a mantenha presa contra sua vontade? 



Imagem: www.vervideo.com.br


         Muitos estão comparando essa (não necessariamente) sequência com os episódios de "The Twilight Zone" (Além da Imaginação), mas vou além e digo que "Rua Cloverfield, 10" remete mais aos precursores de "Além da Imaginação". O longa lembra em sua forma de contar a história os antigos programas de rádio "The Weird Circle" e "X Minus One", com episódios que levavam os espectadores da época a uma imersão total do incomum, extraordinário e fantástico. 

          Os fãs mais atentos encontrarão alguns easter eggs neste longa, mas tudo o que conecta "Rua Cloverfield, 10" ao primeiro filme para por aí (ou não). Desta vez como produtor, J.J. Abrams e o diretor Dan Trachtenberg entregam um filme com nova roupagem, mas tão interessante quanto o primeiro e que aposta no medo mórbido a espaços pequenos e fechados com personagens que se relacionam de forma bem peculiar. 





          Confinamento e terror psicológico em um suspense claustrofóbico. Um ótimo entretenimento, "Rua Cloverfield, 10" não é um filme sobre monstros alienígenas, mas como o próprio trailer mostra: "monstros aparecem em diversas formas". E aqui o monstro é tão atroz e aterrorizante quanto o original.



O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:

0,0 = péssimo
1,0 = ruim
2,0 = regular
3,0 = bom
4,0 = ótimo
5,0 = excelente

        

                    


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