quinta-feira, 30 de junho de 2016

Procurando Dory


Nota: 4,0


Demorou, mas chegou. Após 13 anos, depois do sucesso de "Procurando Nemo", a continuação bem-sucedida (agora) com "Procurando Dory" veio e conquistou novamente os fãs das animações da Disney/Pixar. Um reencontro com os personagens do passado e a introdução de novos personagens trás Dory e uma “inversão de papéis”.




Dessa vez não é o pai que busca resgatar seu filho heroicamente e sim a filha que busca reencontrar a família, tentando com a ajuda de seus amigos superar seu constante problema de memória. Mesmo que seja para alguns apenas algo “requentado”, a nova animação envolvendo a complexa vida no fundo do mar consegue, com êxito, expor todo seu carisma e envolver. 

Marlin e seu filho Nemo tem participação modesta neste longa em que Dory, como sempre, faz novos e interessantes amigos com destaque para o polvo Hank.




          Apesar de encarar o duro desafio de tentar superar o primeiro filme em todos os termos, "Procurando Dory" estabelece uma elo onde os personagens extremamente carismáticos, vívidos e, como sempre, muito divertidos transformam essa nova jornada em algo parecido e muito próximo da magia narrativa de "Procurando Nemo". 




          Ao assistir o primeiro e o segundo filme, percebemos claramente a ligação entre ambos por intermédio de tudo que a própria Dory fala, mesmo soando como memórias soltas e desconexas. Não tinha como "fugir" dessa possibilidade, afinal, Dory rouba a cena na primeira animação e nada mais justo que ganhar uma animação somente dela. 





Mesmo não sendo melhor que "Procurando Nemo" (poucas animações se aproximam disso), "Procurando Dory" é gostoso de ser assistido, pois cada fotograma da vida no fundo do mar é trabalhado com detalhe e muita dedicação. Tal empenho levou crianças e adultos a se apaixonar pela peixinha azul desmemoriada que ganhou seu próprio filme e com muito mérito. A única coisa que sabemos ao final é que todos nós amamos a Dory. 


O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:

0,0 = péssimo
1,0 = ruim
2,0 = regular
3,0 = bom
4,0 = ótimo
5,0 = excelente



quinta-feira, 23 de junho de 2016

Independence Day: O Ressurgimento


Nota: 3,0


Pela segunda vez, após 20 anos, depois do Independence Day de 1996, a Terra é novamente o alvo de um ataque alienígena avassalador. Para os invasores esse tempo passa logo e o "fim" tem novamente seu início. 




A verdade é que nossos "queridos" aliens tem fixação não somente por nosso belo e frágil planeta, mas por nossos monumentos. Momento evidenciado em uma das falas de Jeff Goldblum.  Talvez um dos poucos momentos empolgantes do filme comparado ao primeiro . 

Com muito mais tecnologia à disposição em relação ao cinema dos anos 90, o importante neste novo filme da franquia são os efeitos especiais, já que deixam de lado seus personagens principais, trazidos mais como uma espécie de homenagem e sem um desenvolvimento melhor elaborado. 




         Apesar de tudo, Independence Day: O Ressurgimento, acaba trazendo um pouquinho de nostalgia aos fãs nerds e mais velhos como eu. Sim, as referências estão lá. 



        Se os personagens não são tão bem desenvolvidos, pelo menos a tensão é bem construída durante a trama e a catástrofe é extremamente bem evidenciada por intermédio da computação gráfica que vai fazer qualquer fã desse gênero se sentir feliz com tanta destruição em massa. 



         Toda vez que assistia ao primeiro filme, mesmo com seu desfecho vitorioso, pensava que aliens tão hostis não poderiam deixar barato aquele "sacode" que levaram, protagonizado por discos voadores e caças. Muito bem, eles estão de volta, destruindo muito mais e prontos para levar mais uma lição de nós, terráqueos, ou melhor, "nós" americanos. 

O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:

0,0 = péssimo
1,0 = ruim
2,0 = regular
3,0 = bom
4,0 = ótimo
5,0 = excelente


quarta-feira, 15 de junho de 2016

As Tartarugas Ninja 2 - Fora das Sombras


Nota: 4,0


Hoje deixo o "crítico de cinema" de lado para falar a vocês do filme As Tartarugas Ninja 2 - Fora das Sombras a partir do ponto de vista de um garoto. Sim, um garoto que assistia e jogava games das Tartarugas e que vibrava com todos os personagens (principalmente Michelangelo, meu preferido). 


Nessa história o Destruidor forma uma aliança com Krang, com a finalidade de unir três peças de uma máquina que abrirá um portal para a invasão alienígena que devastará o planeta. Leonardo, Michelangelo, Donatello e Raphael continuam protegendo Nova York, com a ajuda de April O'Neil (Megan Fox), enquanto se escondem da sociedade.  
Ação e diversão, isso é o que sinto quando me lembro da animação dos anos 90. Cores e um único compromisso... entreter com humor. A continuação de Tartarugas Ninja, bem diferente do moroso primeiro filme que conta a origem dos nossos heróis répteis queridos, vai direto ao ponto e não faz feio.



             Um filme que remete aos tempos nostálgicos de um "garoto" de 36 anos de idade e que me fez rever alguns conceitos. Talvez o de não ser crítico ao ponto de apenas classificar o filme como bom, regular ou ótimo, mas de vê-lo como se eu tivesse 10, 12 anos. 



             Todas as cores e computação gráfica que tornam nossos personagens realistas contrastam com a proposta de um longa que não surpreende com uma super história e roteiro (e não é para surpreender mesmo). O mais importante aqui é divertir e as Tartarugas Ninja, pelas mãos do diretor Dave Green, recuperam isso com muita competência. 



             Voltei ao passado. Deu até vontade de confeccionar um nunchaku, regressar aos tempos de criança, quando desejava estar ao lado de Leonardo, Michelangelo, Donatello e Raphael, para enfrentar o mal com alegria e ao final conquistasse a recompensa que todo herói quelônio merece... Um bom e belo pedaço de pizza. Que continue assim... Cowabunga!!! 


O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:

0,0 = péssimo
1,0 = ruim
2,0 = regular
3,0 = bom
4,0 = ótimo
5,0 = excelente


quarta-feira, 8 de junho de 2016

Invocação do Mal 2


Nota: 4,0



Quando vamos ao cinema assistir um filme de terror, o intuito é apenas um... sentir medo e levar bons sustos. O que nos anos 80 e 90 ditou as regras dos clássicos filmes de terror parece finalmente ter encontrado seu representante dessa nova geração com Invocação do Mal 2.
A trama dessa continuação leva Ed e Lorraine Warren (Patrick Wilson e Vera Farmiga repetindo seus papeis) a uma nova investigação, dessa vez na Inglaterra, com o objetivo de desvendar o que ocorre com a filha mais nova de Peggy Hodgson, atormentada por uma abominável manifestação poltergeist no ano de 1977.


Filmes de terror, do trash ao gore, são sempre interessantes, mas quando um filme se inspira em fatos reais, não tem um ser vivo na face do planeta que não fique com a famosa pulga atrás da orelha. Isso porque nos faz pensar se o que vemos no cinema foi de fato a representação literal dos eventos que aconteceram na época.


James Wan, o mesmo diretor/criador da franquia Jogos Mortais, e que dirigiu Velozes e Furiosos 7, se inspira com muito êxito nos eventos reais que levaram Ed e Lorraine Warren aos casos mais bizarros envolvendo o sobrenatural.
O primeiro filme da Warner, inspirado em fatos ocorridos na década de 70, trouxe à tona os mais variados elementos dos filmes clássicos de terror, como tv chiando, porões escondidos, portas que rangem, puxão de pés na cama, entre outros, além de citar/homenagear obras primorosas como O Exorcista e Os Pássaros.


Invocação do Mal 2 continua evidenciando os elementos que consagraram os clássicos do terror. Só como breve exemplo, a voz da inocente e possuída Janet (Madison Wolfe) à la Regan MacNiel é algo realmente assustador e o demônio à espreita é perturbador.


         Realmente James Wan não só mostra, mas comprova seu talento ao dirigir filmes do gênero com ótimos personagens e um ato final que abala a estrutura dos que se conectam a eles. Sim, voltaremos mais do que nunca a ter medo do escuro e do silêncio que se esconde nas sombras. E a parte mais gostosa de um filme de terror é justamente essa... Prender a respiração, cobrir os olhos, mergulhar no medo e no pavor que o sobrenatural pode nos proporcionar. 



          Finalmente voltamos aos bons tempos de ter pesadelos após assistirmos uma sessão de terror. Já estava com saudades.



O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:

0,0 = péssimo
1,0 = ruim
2,0 = regular
3,0 = bom
4,0 = ótimo
5,0 = excelente

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Warcraft - O Primeiro Encontro de Dois Mundos


Nota: 3,0



As adaptações de games em geral sempre dividiram opiniões entre fãs e críticos. Antes de me tornar um crítico, sempre fui fã de games (gosto mais de jogar em console que PC) e alguns filmes inspirados em games são positivamente marcantes. São os casos de Mortal Kombat, o primeiro apenas, e Lara Croft: Tomb Rider, por exemplo. Minha memória reserva também um espaço para as bombas como Alone in the Dark, Street Fighter (com Jean Claude Van Damme) e Super Mario Bros de 1993. 



Quando anunciaram Warcraft - O Primeiro Encontro de Dois Mundos, longa inspirado na história dos jogos online da Blizzard, dirigido por Duncan Jones (famoso pelos sci-fi's 'Contra o Tempo' e 'Lunar'), ao contrário do que alguns disseram "os jogos nunca foram pensadas para ter a profundidade de um Senhor dos Anéis ou um Game of Thrones" talvez não seja tudo aquilo que esperamos para que se torne um épico, mas é uma boa aventura envolvendo o mundo fantástico.



É difícil, mas o esforço tem de ser reconhecido. Adaptar toda a grandiosidade de Warcraft para duas horas de filme já é um grande feito. Para os que não conhecem o game, o filme pode ser um pouco arrastado, mas não é desgastante. Como toda adaptação, para que a indústria do cinema sobreviva, as possíveis franquias de franquias (como neste caso) tratam de mudar alguns aspectos das histórias que os fãs talvez não apreciem tanto, ou apenas aceitem. Os efeitos visuais são realmente bons e isso com certeza pode ser considerado uma bela evolução em termos de adaptações de games.



A história consiste no término da harmonia e sossego em Azeroth, que acaba com a chegada dos guerreiros Orc. A abertura de um portal permite que os Orc cheguem ao local a fim de liquidar os inimigos que ali habitam. Cada clã tem o seu herói representante e ambos os lados travaram uma batalha que colocará em risco as duas nações.




Para os milhões de jogadores que "salvam" o dia todos os dias quando estão online, Warcraft pode se tornar uma franquia estável, óbvio, se caprichar nos próximos roteiros. Mesmo assim, o longa promete entreter com competência seus fãs de longa data.
       O filme merece singelos elogios. A aventura audaciosa e vívida de Duncan Jones é um trabalho que merece respeito e que tem de ser analisada com cuidado, afinal é apenas o início.



O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:

0,0 = péssimo
1,0 = ruim
2,0 = regular
3,0 = bom
4,0 = ótimo
5,0 = excelente