quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Pets - A Vida Secreta dos Bichos


Nota: 5,0

Em "Pets - A Vida Secreta dos Bichos", temos Max, um cachorro que vive com sua dona em um apartamento até a chegada do novo "amigo", Duke, com quem terá de aprender a conviver e dividir o espaço onde reinava soberano. Ambos terão de se unir quando os dois se meterem em uma encrenca envolvendo a carrocinha e uma gangue de animais abandonados que resolve se rebelar contra os animas que tem dono. 


A Illumination, pertencente à Universal vem disputando palmo a palmo o espaço no mercado cinematográfico de animações com demais estúdios e dessa vez acertaram em cheio ao trazer para as telas, não somente a relação entre pessoas e animais, mas as brincadeiras, hábitos, maneirismos e tudo que nós e eles sabemos e assumimos que fazemos. 
Quem tem ou já teve um bichinho de estimação, vai com certeza se identificar, e muito, com esta animação. Eu pelo menos, já criei um afeto enorme pelo fato de o cãozinho protagonista levar o nome do meu cão de estimação, Max. E não tive só um cão, tive vários, cada um com um perfil de comportamento diferente. Também tive gatos, hamsters e até um coelho! Confesso que fiquei abismado com o estudo que fizeram ao trabalhar o antropomorfismo de forma a preservar as reais características de cada bichinho. Eu me apaixonei! 


Outro ponto a ser destacado é a nossa excelente dublagem. Danton Mello está de volta ao batente e dubla o cachorrinho Max. Danton é um bom ator, mas dublando acho ele mais incrível ainda. Além de Danton ainda temos Luis Miranda (Bola de Neve), Tatá Werneck (Gigi) e Tiago Abravanel (Duke). 


E como curiosidade, teve até cinema na Espanha que abriu seção especial para que espectadores (humanos e seus amigos caninos) pudessem assistir ao filme. Já sei, tem gente que vai reclamar e perguntar por que não deixaram entrar gatos... Bom, eu não sei, mas acredito que seja mais fácil levar seu cãozinho ao cinema que seu felino... Coelhos e hamsters também não fariam muito sentido. Hahaha! Fico aqui imaginando uma seção de cinema com essa variedade de bichinhos de estimação e seus donos, todos juntos em uma sala. Seria bem engraçado. 


     Por fim, não consigo apontar algo negativo nesse filme. Nos vemos e vemos nossos animaizinhos em cada cena e cada atitude dos personagens. Com certeza, "Pets - A Vida Secreta dos Bichos" terá sequência e como falei, sou um apaixonado por bichos. Garanto que até o mais gelado dos corações vai se render a essa animação que só comete um pecado... Ser fofa demais! 

O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:

0,0 = péssimo
1,0 = ruim
2,0 = regular
3,0 = bom
4,0 = ótimo
5,0 = excelente

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Ben-Hur 3D


Nota: 2,0

Neste remake do épico de 1959, Judah Ben-Hur é acusado injustamente de traição por seu irmão mais novo e perde não somente o trono, mas seu grande amor, família e honra, ao virar escravo. Muitos anos se passam e ao retornar para seu "lar", Ben-Hur quer vingança. 


Confesso que quando anunciaram este remake, fiquei com o pé atrás, afinal, o clássico de 1959 ganhou nada mais, nada menos que 11 estatuetas do Oscar. Realizado em uma época que não dispunha de praticamente nenhum efeito especial, os combates em uma corrida de bigas eram viscerais e a cada aparição eloquente de Charlton Heston a tela ficava gigante.



        Não vejo necessidade em "ressuscitar" filmes com essa magnitude. Depois que assisti "Ben-Hur", confesso que fiquei com muito medo do que vem por aí com Blade Runner .
Jack Huston (Ben-Hur), não convence e aproveitando o tema, que envolve um grande herói, tenho a nítida sensação de que Charlton Heston, se estivesse vivo, provavelmente olharia para o novo Ben-Hur, "mediria, pesaria, avaliaria e o consideraria insuficiente para tal papel".
Uma coisa é importante destacar, e isso eu faço com muito orgulho, pois lembro-me da primeira vez em que Rodrigo Santoro (Jesus em Ben-Hur) deu as caras em Hollywood e foi duramente criticado. É, ele pode não ser um ator "oscarizado", mas é muito competente. Mesmo que seu papel não apresente a aura celestial do filme original, Rodrigo cumpre sua tarefa com êxito. Uma pena, pois nosso ator brasileiro ainda não teve seu verdadeiro potencial explorado como gostaríamos de ver. Quem sabe um dia...  



Sem brilhantismo e literalmente desnecessário, "Ben-Hur" de especial só tem o 3D para tornar mais envolvente a batalha entre gladiadores e suas bigas. Nem mesmo a tecnologia que leva o espectador à imersão, consegue ser suficiente para que haja envolvimento... Em outras palavras, se você assistir em 2D, economizará seu rico dinheirinho.  Bom, "Gladiador" de Ridley Scott tá aí para provar que um grande épico não precisa disso para cativar seu público.



Jack Huston não é Charlton Heston e a obra-prima da década de 50 continua insuperável. Não estou bancando o conservador que é contra remakes. Só acho que determinadas obras são  realmente irretocáveis. Ou você ousaria recriar a Mona Lisa de Leonardo Da Vinci? 

O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:

0,0 = péssimo
1,0 = ruim
2,0 = regular
3,0 = bom
4,0 = ótimo
5,0 = excelente

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Águas Rasas


Nota: 3,0

Talvez poucos saibam, mas "Tubarão" de Spielberg é um filme pertencente ao gênero terror. Um dos filmes da minha infância e que fez diversas pessoas pensarem duas vezes antes de entrar em águas litorâneas. Depois de "Tubarão" tivemos um tremendo hiato com sequências e tentativas do gênero em repetir o mesmo sucesso e pavor daqueles tempos... Todos em vão. 



           Para não ser injusto, "Do Fundo do Mar" (1999) é até aceitável, mas a quantidade exorbitante de atores canastrões fazem o filme perder muito a força (até Samuel L. Jackson sofre com esse efeito colateral).



        Em "Águas Rasas", a atriz Blake Lively (Lanterna Verde) e mais uma vez, um tubarão, surgem para tentar mudar esse cenário. Muitos de nós duvidarem do êxito desse longa-metragem. Pois é, para nossa sorte nos enganamos. 



       A trama conta a história da estudante de medicina, Nancy (Blake Lively) que após perder sua mãe com uma doença fatal, resolve abandonar a faculdade e viajar para o México, em busca de uma praia deserta que traz boas recordações de quando a mãe estava grávida dela. Chegando lá, a garota resolve surfar nas águas límpidas que escondem uma péssima surpresa... um tubarão branco à espreita. 



          Confesso que há muito tempo não sentia tanta tensão assistindo um filme desse gênero. Para ser bem sincero, só "Tubarão" foi capaz de fazer isso com tamanho êxito.
          O único ponto negativo é que uma das cenas mais empolgantes que acontece no longa, é mostrada no trailer e como falei aqui em minha última crítica, tá na hora dessa publicidade trabalhar de forma mais inteligente. O medo está naquilo que não conseguimos ver e compreender. O "Tubarão" de Spielberg, em diversas oportunidades, não aparecia e só o fato da câmera "mergulhar" mostrando uma possível visão do monstro ou viajar sobre as águas "calmas" do mar já era motivo para todos se borrarem de medo. Mesmo assim, "Águas Rasas" consegue mostrar algumas coisas interessantes, além do trailer, e que realmente nos conduzem ao terror. Acredito que finalmente o monstro marinho dos anos 80 reconquistou seu lugar de respeito... Afinal de contas, gostamos de tubarões e queremos mais filmes bons assim. 



O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:

0,0 = péssimo
1,0 = ruim
2,0 = regular
3,0 = bom
4,0 = ótimo
5,0 = excelente

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Esquadrão Suicida


Nota: 2,0

Para missões que requerem métodos não muito aceitáveis e agentes dispensáveis, nos quadrinhos, Amanda Waller (Viola Davis no filme) recruta um time de vilões e mercenários que na base do "ou você faz ou sofrerá consequências sérias" são reunidos para enfrentar algo grandioso. Tendo uma formação bem diversificada nas HQs, no longa se aproveitam disso para inserir personagens que nunca pertenceram ao grupo de criminosos.
        O próprio Coringa (Jared Leto) faz parte disso. Apesar de eu gostar muito do personagem, se fosse tirado do filme, não faria diferença alguma para a história. Outra personagem acrescentada é Katana (Karen Fukuhara), que nas HQs não pertence ao "Esquadrão Suicida" e sim aos "Renegados". Crocodilo (Adewale Akinnuoye-Agbaje) foi a saída mais fácil e barata para o filme do "Esquadrão", já que construir o Tubarão Rei  em computação gráfica daria trabalho. Por outro lado temos um Pistoleiro (Will Smith) e uma Harley Quinn (Margot Robbie) convincentes. 


        Ao contrário de "Batman Vs Superman: A Origem da Justiça", filme que mesmo com alguns deslizes em relação ao roteiro e forma como a história é contada, me conquistou, "Esquadrão Suicida" não conseguiu me convencer. 
Ainda que as piadas sejam boas e a ação seja bem explorada, fica um sabor de incoerência com relação ao arco narrativo que é um pouco confuso. Sim, parece que mais uma vez a Warner cortou trechos do filme, igual vimos em BVS,  Alguns personagens também estão lá para serem dispensáveis mesmo, pois o filme é um filme definitivamente da Arlequina, Coringa e Pistoleiro. Sim, os vilões do Batman são muito mais interessantes do que o vilão do Flash, Capitão Bumerangue (Jai Courtney), por exemplo. Isso é um fato consumado tanto nos quadrinhos, como no filme. 
A diferença de "Esquadrão Suicida" para BVS é que o filme tenta ser subversivo, mas não consegue. Ao contrário de BVS que teve uma proposta e tom estabelecidos e seguidos do começo ao fim. Isso talvez tenha acontecido por conta dos boatos de bastidores envolvendo algumas mudanças no filme, o que eu apelidei de "efeito Deadpool". 


Confesso que nunca fui fã do "Esquadrão" nos quadrinhos, do que li e acompanhei até hoje, nada de fato me conquistou e este filme, apesar de todo o potencial e marketing envolvidos, conseguiu repetir o mesmo feito. É bem provável que haja uma continuação, até porque, a crítica anda um pouco dividida quanto ao filme, para dizer a verdade a crítica de modo geral não se empolgou com o que viu. A sensação ao sair do cinema é de que poderia ser bem melhor. 


Ah, é verdade. Estava quase me esquecendo. Tem gente louca para saber se o Coringa é melhor, igual ou pior que a versão do saudoso Heath Ledger. Pois bem, Jared Leto tenta de alguma forma dar equilíbrio ao personagem, misturando o palhaço sádico ao criminoso brilhante, mas suas aparições, principalmente sem a Arlequina ao lado, não se sustentam. A ideia que dá é de que o personagem foi, de fato, meramente adicionado à trama como um elemento promocional para o filme. Em outras palavras, funcionou bem para o marketing do longa-metragem, mas contribuiu pouco para a trama. Prefiro pensar que o melhor está por vir com esse Coringa em um futuro filme do Batman. É esperar e torcer para que tudo dê certo. 


Em suma, "Esquadrão Suicida" tem personagens que podem mais, porém o caráter subversivo ainda carece de um trabalho mais independente e sem "amarras" com relação a filmes de outros estúdios. Leiam os quadrinhos e sigam isso. Não é difícil. O material está lá, pronto. Inspirar-se no que já foi feito para o cinema deste gênero nunca será errado. Pelo contrário, se faz necessário. O problema é fazer isso sem explorar o verdadeiro potencial de seus personagens (que funcionam bem em equipe), mas que pareciam melhores e mais empolgantes em suas propagandas. Maldito marketing! Tá na hora de inverter isso.  

O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:

0,0 = péssimo
1,0 = ruim
2,0 = regular
3,0 = bom
4,0 = ótimo
5,0 = excelente