sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Cinquenta Tons Mais Escuros | Críticas de Cinema – Efrem Pedroza


Direção: James Foley

Elenco: Dakota Johnson, Jamie Dornan, Kim Basinger

Gênero: Romance, Drama, Erótico



         Em "Cinquenta Tons de Cinza", apesar dos fãs terem gostado muito, uma coisa me incomodou e foi justamente o fato de transformarem o filme em um "soft porn" com apego ao romance em demasia. O ponto "G" do livro era justamente o fato de "brincar" de forma interessante, misturando o romance com o erótico e essa dose de equilíbrio não conseguiu ser transmitida no primeiro longa... Tudo bem que tem a censura, mas ficou aquém do esperado... pelo menos para mim.


         Em "Cinquenta Tons Mais Escuros", Anastasia (Dakota Johnson) se cansa das atitudes de Christian Grey (Jamie Dornan) e resolve deixá-lo para focar exclusivamente em sua vida profissional e carreira. Mesmo com o rompimento, Grey não desiste e persiste em voltar com Anastasia que cede, desde que agora ele siga as regras dela. A reconciliação do casal faz Anastasia entender melhor o que motiva Grey e seus jogos sexuais, mergulhando ainda mais em seu passado.


         O diretor, James Foley, parece realmente entender a obra de E. L. James nesta sequência e mesmo dentro de suas limitações, torna o filme mais interessante que o primeiro.
         Outro ponto a ser destacado é a introdução da personagem Elena (Kim Besinger) que "apresentou" a Grey o universo do sexo e submissão de forma intrigante, porém não tão bem explorada como gostaríamos que fosse.


         Jamie Dornan também evoluiu no quesito "atuação", mas é  Dakota Johnson que toma o filme para ela. Não é um primor, mas consegue dar um toque sutil a um longa que tenta ser mais obscuro que o primeiro. E ainda acho que Ian Somerhalder de "Vampire Diares" se sairia bem melhor na pele de Grey do que Dornan. Tudo bem...


         E o sexo nesta continuação mais cede espaço para os corpos em evidência de Dornan e os seios de Dakota do que ao próprio ato em si. Tenho uma curiosidade absurda quanto a um pequeno detalhe... E se Lars von Trier, por exemplo, assumisse essa futura trilogia no cinema? Como seria? Tenho um palpite... Acho que surpreenderia até mesmo com relação a obra original. Como na cama, no sexo e entre quatro paredes, falta mais atitude... Só assim se consegue atingir o verdadeiro clímax, só assim conseguimos saborear o verdadeiro prazer (também nos cinema).


Nota do crítico: 3,0

O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:

0,0 = péssimo
1,0 = ruim
2,0 = regular
3,0 = bom
4,0 = ótimo
5,0 = excelente

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