quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Pantera Negra | Críticas de Cinema - Efrem Pedroza


Direção: Ryan Coogler

Elenco: Chadwick Boseman, Michael B. Jordan, Lupita Nyong'o, Danai Gurira, Letitia Wright, Daniel Kaluuya, Martin Freeman, Forest Whitaker, Andy Serkis

Gênero: Ação, Aventura


    Após os eventos de "Capitão América: Guerra Civil" e a morte do rei T'Chaka (John Kani), o príncipe T'Challa (Chadwick Boseman) retorna a sua terra natal, Wakanda, para assumir a coroa. Composta por cinco reinos, Wakanda não é unanimidade com relação ao atual governo e uma das tribos, os Jabari, não aprovam a política vigente. Nesse cenário, outros reinos e seus representantes apoiam o rei T'Challa e o ajudam na tentativa de encontrar Ulysses Klaue (Andy Serkis) que há alguns anos roubou uma quantia de vibranium do solo protegido pelo "Pantera Negra".  





     Em "Pantera Negra", o universo cinematográfico Marvel consegue realizar um dos filmes mais legais desde "Capitão América 2: O Soldado Invernal".

    Um dos elementos mais legais do filme está em sua representatividade. E não é pelo fato de seu protagonista e entorno contar com personagens que representam a cultura africana apenas... As mulheres! Sim! As mulheres estão lá e ocupando posições poderosas, além de ótimas atuações, com destaque para Shuri (Letitia Whrite). 





      Wakanda é, talvez, a maior protagonista de toda a história. Graças ao diretor e roteirista, Ryan Coogler, que trabalha cada detalhe com muita precisão, desde a cultura até a tecnologia que constroem um ambiente fascinante e envolvente ao mesmo tempo. 
      Com relação aos vilões, Killmonger (Michael B. Jordan) praticamente encarna, em ideais, uma personalidade próxima a de "Malcom-X", enquanto T'Challa é o "Martin Luther King". Aliás, esse é um ponto positivo quanto aos vilões do universo cinematográfico Marvel. Killmonger é um vilão que apresenta camadas e relevância. Por outro lado, Ulysses Klaw (Andy Serkis) encarna o cientista maluco e exagerado conhecido popularmente nos quadrinhos como "Garra Sônica". Importante no universo "Pantera Negra", mas genérico como os demais em filmes da Marvel, exceção feita ao sempre competente Loki de Tom Hiddleston. 





     O único ponto negativo fica por conta da computação gráfica em algumas das cenas de ação que não convencem tanto, a exemplo de "Mulher-Maravilha", e que poderiam ser melhores e menos repetitivas. 

     Como sempre, é bom avisar. O filme tem duas cenas pós-créditos e uma delas é um belo recado a Donald Trump.  Político, inteligente, intrigante e muito bem feito, "Pantera Negra" é quase um filme a parte, com uma tímida conexão a "Guerra Civil" e mais tímida ainda a "Guerra Infinita" que, com toda certeza, será um evento marcante para o cinema de super-heróis. 






Nota do crítico: 4,0

O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:

0,0 = péssimo

1,0 = ruim
2,0 = regular
3,0 = bom
4,0 = ótimo
5,0 = excelente

Um comentário:

  1. O que me conquistou mesmo foi a africanidade que o filme ostenta, com um belo contraponto entre tecnologia e tradição. Michael B. Jordan me surpreendeu com sua boa atuação. O papel que vai realizar em o novo filme de fahrenheit 451 será uma das suas melhores atuações. Ele sempre surpreende com os seus papeis, pois se mete de cabeça nas suas atuações e contagia profundamente a todos com as suas emoções. Além, acho que a sua participação neste filme realmente vai ajudar ao desenvolvimento da história. Cada um dos projetos deste actor supera a minha expectativa.

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