Nota: 5,0
Memórias... Boas ou ruins, somos um verdadeiro mosaico de experiências que guardamos com o passar do tempo. Em "Aquarius", Clara (Sônia Braga) é uma ex-jornalista, aposentada, que resiste ao assédio de uma construtora que pretende comprar seu apartamento, único restante de todo o prédio, para poder construir um novo em seu lugar.
Clara é o epicentro da trama que nos envolve de forma soberba na tela. Toda sua luta não envolve o material e sim o sentimental. Aspectos que tornam um simples imóvel em algo com "vida". Um verdadeiro reduto de lembranças das quais ninguém são consegue ou quer se desvincular.
Uma história aparentemente comum, porém repleta de força e alma, onde não somente o apartamento, mas seus objetos, carregam o tom de uma narrativa construída de maneira tão atual e atraente.
A história de Clara é repleta de momentos sensíveis, como o que mostra sua relação com a empregada doméstica, praticamente um membro da família. Toda a jornada da protagonista envolve o dia a dia simples de alguém que luta de forma humilde e dedicada, tentando vencer os obstáculos que a vida lhe proporciona.
Anos de suor e histórias, não somente para criar os filhos, mas para superar uma grave doença, são desrespeitados pelos funcionários da construtora que visam apenas o dinheiro e, óbvio, não conseguem compreender Clara e suas tão preciosas memórias.
Por último e não menos importante, a atuação de Sônia Braga neste longa-metragem é digno de Cannes. É possível sentir toda a aura da atriz que literalmente nos leva a orbitar em torno dela e seu drama, muito bem explorado do começo ao fim, seja em cenas de pura leveza ou não. Não podemos deixar de citar também, o olhar cirúrgico do diretor Kleber Mendonça, que constrói essa verdadeira alquimia entre personagem e narrativa com extrema maestria. Doce... Essa é a palavra que escolhi para representar esse filme. Recheado de ternura, memórias afetivas e conduzido por uma narrativa cativante e sensível. Uma obra de rara qualidade.
0,0 = péssimo
Clara é o epicentro da trama que nos envolve de forma soberba na tela. Toda sua luta não envolve o material e sim o sentimental. Aspectos que tornam um simples imóvel em algo com "vida". Um verdadeiro reduto de lembranças das quais ninguém são consegue ou quer se desvincular.
Uma história aparentemente comum, porém repleta de força e alma, onde não somente o apartamento, mas seus objetos, carregam o tom de uma narrativa construída de maneira tão atual e atraente.
A história de Clara é repleta de momentos sensíveis, como o que mostra sua relação com a empregada doméstica, praticamente um membro da família. Toda a jornada da protagonista envolve o dia a dia simples de alguém que luta de forma humilde e dedicada, tentando vencer os obstáculos que a vida lhe proporciona.
Anos de suor e histórias, não somente para criar os filhos, mas para superar uma grave doença, são desrespeitados pelos funcionários da construtora que visam apenas o dinheiro e, óbvio, não conseguem compreender Clara e suas tão preciosas memórias.
Por último e não menos importante, a atuação de Sônia Braga neste longa-metragem é digno de Cannes. É possível sentir toda a aura da atriz que literalmente nos leva a orbitar em torno dela e seu drama, muito bem explorado do começo ao fim, seja em cenas de pura leveza ou não. Não podemos deixar de citar também, o olhar cirúrgico do diretor Kleber Mendonça, que constrói essa verdadeira alquimia entre personagem e narrativa com extrema maestria. Doce... Essa é a palavra que escolhi para representar esse filme. Recheado de ternura, memórias afetivas e conduzido por uma narrativa cativante e sensível. Uma obra de rara qualidade.
O critério de notas é estabelecido da seguinte forma:
0,0 = péssimo
1,0 = ruim
2,0 = regular
3,0 = bom
4,0 = ótimo
4,0 = ótimo
5,0 = excelente
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